Wednesday, March 07, 2007

Circo! Circo! Circo!

Respeitável público! O Planeta Terra orgulhosamente apresenta seu maior espetáculo! De cerca de 7000 anos de civilização, nunca se ouviu nem se viu um momento tão circense da história! Então, grude na sua cadeira que o show vai começar...

Comecemos pelo prato principal: o dono do circo. A pergunta da semana passada foi: “Se o atentado sofrido por Cheney desse certo, e ele morresse, o Bush assumiria a presidência?” Os nossos colonizadores não estão indo tão bem, afinal, estão encalacrados em dois “vietnans muçulmanos”, com um déficit público histórico que parece um aneurisma, quando estourar, já era... E estourará na mão de quem? Ou na mão de um negro, ou na de uma mulher, ou na de um italiano, ou na de um sexagenário. Serão as eleições mais exóticas da história norte-americana! Onde está aquela América pseudo-conservadora? Pseudo porque, um país que inventou Las Vegas e strippers, que dançam se esfregando numa barra de ferro, não pode ser conservadora de fato, não é mesmo?

Há também os “motoqueiros da roda da morte” e “homens bala” na versão reloud “homens bomba”. Representados pelo tragicômico presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. Ele é uma mistura da Éneias Carneiro e Adolf Hitler. Quer tanto a bomba atômica quanto acabar com os judeus. A promessa deste povo é um exército de 2000 suicidas. Xiitas, sunitas, talibãs e nós neste emaranhado. Ahmadinejad é estranho, me lembra o Evo Morales, os dois deixam seu ódio pela cultura ocidental aflorar de maneiras diferentes, mas com um estranho ponto em comum: não usam gravata. Vai entender...

Como todo circo que se preze, temos os nossos bichanos. Mas vamos falar só do grande dragão chinês. Pois é, esta semana provou que o dragão chinês não é tão grande assim. A bolsa chinesa caiu 8%, levando junto o mundo inteiro. Mas, cuidado! Como continua crescendo a taxas assombrosas, ele ainda solta fogo, afinal o show tem que continuar.

Em nosso circo, ainda tem aquelas figuras macabras, tipo “mulher barbada”, “homem elefante”. São aquelas figuras repulsivas que não gostamos de ver nem em circo, mas que faz bem vê-las por trás de jaulas. Aí se encontra a África, Ásia pobre, América Latina. São as aberrações do planeta. Tê-las entre nós dá um certo gosto de circo de horrores ao espetáculo. E não é por menos. Em 2003 morreram 370 mil pessoas de AIDS na África do Sul, enquanto na Suazilândia (se você já ouviu falar deste país lhe dou um prêmio) 38% da população tem a doença. 75% dos moçambicanos são analfabetos. Em Angola, a cada 1000 crianças nascidas, 185.36 morrem. Se as estatísticas são assim, não tente imaginar a realidade.

Por fim, falemos do melhor da festa. O circo dentro do próprio circo. Até porque é melhor falar com mais calma do que se entende. A atração principal desta noite é o Brasil, representado por um torneiro mecânico pinçado a dedo, que fala errado e está fazendo tudo ao contrário do que sempre pregou. Não é por menos que a nova arrumação de governo parece mais um samba do crioulo doido. Até ex-aliado do Fernando Collor está na jogada. No Brasil, sofremos com as mazelas africanas ao mesmo tempo em que a taxa tributária é semelhante às taxas escandinavas. Pagamos o mesmo que os noruegueses para usufruir de benefícios como os nigerianos. Neste circo o leão é a Receita Federal brasileira. Além disto, somos inovadores em práticas criminosas heterodoxas. Só aqui uma pessoa é seqüestrada para que tenha o cabelo roubado. Isso mesmo, o cabelo!

Não há mais para aonde irmos. A filha rica que mata os pais, a criança deixada morta na pia batismal, o juiz ladrão, o árbitro de futebol ladrão, o político ladrão, o miserável ladrão, até o vagabundo ladrão. Hoje tem gargalhada? Tem não senhor! Hoje tem marmelada? Ah, marmelada tem, sim senhor!

Caro leitor, no Circo Terra, o palhaço, infelizmente, é você.

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