Wednesday, January 31, 2007

Carlos e suas cartas

O que você acha de um lugar, beira-mar, que em pleno inverno, as pessoas podem correr no parque de camiseta, short e ficar bem longe das nevascas comuns no hemisfério norte? Um paraíso, não? Por incrível que parece era assim que estava Nova Iorque há umas semanas atrás. Em pleno janeiro! O mundo nunca sentiu tanta falta de Sinatra e Bing Crosby cantando Let it Snow.

Por outro lado, como uma excelente jornalista escreveu, 2007 foi o verão que entrará para a história por simplesmente não ter acontecido. Que saudade do sol!

O fato é que o mundo não é mais como era há cem anos. Desde a Era Glacial, a milhões de anos, até hoje o mundo aqueceu 5° Celsius, e aquecerá mais 5 nos próximos 100 anos! Estamos começando a pagar o preço por andar em carros com ar-condicionado e a matar baratas com inseticidas. Despejam-se toneladas e toneladas de dióxido de carbono na atmosfera, provocando o malfadado “aquecimento global”. Parece que estamos em uma estrada de mão única. Afinal, o mundo é movido pelo dinheiro, e se ganha dinheiro queimando combustível.

Mais ainda há uma esperança. Antes que o mundo se transforme numa enorme panela, onde todos nós seremos cozinhados vivos e em banho-maria, é preciso fazer algo. Por isso fiz um singelo apelo, àqueles que podem, de fato, fazer alguma coisa. Abaixo, o tal apelo, para a apreciação de todos:

“Senhores empresários. Obrigado pelas coisas fantásticas que os senhores fabricam. Quem viveria sem comida pré-pronta e malhas sintéticas? Eu sei que não posso impedir os senhores de mandarem tanta fumaça pelos ares em suas fabricas, então apelo ao bondoso coração dos senhores. Diminuam a emissão de gases, por favor. Não peço por mim, seus tataranetos agradecerão, já que só eles vão sentir os efeitos de sua caridade. Quanto ao custo para se adequar e reduzir a emissão de poluentes... Por favor, afinal de contas, o que são alguns bilhões de dólares? Fiquem tranqüilos, suas casas em Belize e seus Lear Jets ainda estarão salvaguardados. Desde já, muito obrigado”

Mas infelizmente, a resposta foi negativa. Mas não me fiz de rogado e fiz outro apelo. Também transcrito abaixo:

“Queridos políticos. Tenho um apelo urgente a lhes fazer sobre a questão ambiental. Escrevi aos empresários sobre a mesma questão, mas não fui atendido. É compreensível, já que eles vivem de ganhar dinheiro e é mais do que “justo” que eles procurem sempre ganhar mais. Pensei nos senhores, já que só vocês podem obrigá-los a reduzir a emissão de gases poluentes. Como meu pai sempre diz, onde mais dói é no bolso, e para isso vocês têm a faca na mão, haja vista os impostos que sempre pagamos.
Vocês devem estar se perguntando: “E quem bancará as nossas campanhas?” “Como viveremos sem o lobby industrial?” Ah queridos, qualquer um sabe que política é a arte do bem comum, então o que importa perder uma eleição se milhões de pessoas serão beneficiadas? Sei que o povo está em seus corações, não se importem, então, se esse tipo de medida só produzir efeitos daqui a algumas gerações. Mas tudo bem, os eleitores de seus bisnetos agradecem.”

Mais uma vez, um não. Como tanto os empresários, quanto os políticos nada fazem, mandarei uma ultima carta. Ainda não terminei, então, coloco o início aqui, pois se alguém quiser contribuir, pode me mandar sugestões:

“Querido Papai Noel. Eu sei que estamos longe do Natal, mas...”

Wednesday, January 24, 2007

Confissões

Preciso confessar-me. A princípio quando soube do desmoronamento da obra do metrô paulista, há alguns dias atrás, não senti nada. “Mais uma destas tragédias que rondam a vida, e só” - pensei comigo. Somos acostumados a nos blindar contra casos assim. É a barreira da impessoalidade – mais um acontecimento trágico, esperemos o próximo. A barreira do “não acontecerá nunca comigo.”

Mas, uma das várias reportagens que bombardeiam os telespectadores sobre o tal desmoronamento, de fato, me sensibilizou.

Realmente nenhuma bomba em Bagdá, nenhum crime no Rio, nem mesmo o genocídio moral cometido pelos representantes de nação mexem comigo, como eu fui tocado desta vez. Me deparei com uma reportagem com a família de uma das vítimas. Não sei o que o repórter esperava com aquilo. Ir tentar um furo jornalístico ao incomodar uma família afogada na aflição da espera de alguma notícia do resgate? Não me parece certo, mas...

Era a família de um jovem de 22 anos, casado a pouco mais de um ano, cuja esposa esperava há oito meses um filho seu. Enquanto transmitia-se a reportagem, o jovem cobrador estava enterrado sob toneladas de escombros. Ver sua esposa arrumando uma mochila com suas roupas e dizendo o que ela faria ao reencontrá-lo me chocou. A esperança da jovem esposa era inversamente proporcional à minha. Talvez por isso eu tenha me impressionado tanto, a ponto de, para mim, aquela tragédia ser maior do que qualquer tsunami.

Pensei no jovem cobrador Wescley e nos sonhos que estavam, agora, enterrados com ele ao lado da marginal Pinheiros. Pensei também nos outros: no motorista, na advogada, até na vítima desconhecida, que até então, não se sabia quem era, nem se de fato existia. Também me vieram à mente as pessoas que foram obrigadas a deixar suas casas. Principalmente das casas que haviam sido demolidas em prol de um resgate mais eficiente. Sempre imagino as pessoas deixando para trás suas memórias, estampadas nas fotos antigas, que nunca mais serão vistas ou em objetos singelos, que representavam momentos especiais.

Dizer que a cratera formada engoliu muito mais que escombros é lógico demais. Não me atrevo a isso. Mas, quando soube desta tragédia pela primeira vez, não imaginava que aquele buraco havia engolido tanta coisa. Engoliu sonhos, engoliu futuro, engoliu passado, engoliu muito mais do que o homem é capaz de contabilizar.

Para um banquete como este, tem que haver um anfitrião a altura. Quem o será? – pergunto-me agora. Será a insaciável fome por lucros das empreiteiras – que, segundo um anônimo funcionário, mascarava rachaduras a fim de fazer com que não se percebesse as falhas estruturais do projeto? Será a notória e histórica incompetência da máquina governamental, que tem a incrível capacidade de nunca enxergar o óbvio? Será a chuva, que por mais que não quiséssemos, insiste em cair sobre nós?

Maldita chuva. Só pode ser ela. Cai como quem não quer nada e, quando menos se espera, destrói casas construídas ilegalmente, inunda ruas mal projetadas, alaga cidades cujos diques de contenção foram violados e, se um projeto for mal executado então... lá vai ela destruindo tudo por onde passa.

Sem mais delongas, coloquem logo a chuva no banco dos réus! Prendam-na. Arrastem-na para masmorra! Antes que nasçam mais buracos e traguem coisas mais importantes, como a incompetência de uns e o desleixo de outros. Porque este buraco, este buraco meu caro leitor, já foi o suficiente para me tragar.

Wednesday, January 17, 2007

Cada um com o Chávez que merece...

Quando eu leio ou assisto algo sobre o presidente venezuelano Hugo Chávez, minhas emoções sempre se confundem. Nunca sei se rio ou se choro. Para rir ele me dá razões de sobra, que serão detalhadas logo abaixo. Para chorar, apenas uma: para onde vai a América Latina com líderes como ele? Talvez vá para onde sempre caminhou, ou seja, para o brejo. Só que desta vez parece que irá não só a vaca, mas também o campeiro e a corda.

Hugo Chávez é a figura mais caricata que minha geração teve o prazer de conhecer. Seu figurino de garçom de pizzaria, com aquela camisa vermelha e calça preta, mais uma boininha, são um prato cheio para qualquer humorista. O pior é que seus seguidores se vestem como ele. Os eventos nacionais venezuelanos parecem uma daquelas feiras de imitadores de Las Vegas, onde todos se vestem com a mesma roupa, possuem os mesmos trejeitos, cantam as mesmas músicas, enfim...

Infelizmente minhas observações não terminam em seu guarda-roupas. Semana passada Chávez anunciou algumas medidas na Venezuela durante sua “re-posse” para mais seis anos de governo (sic). A estatização de empresas de comunicação e saneamento foi uma das mais contundentes. Além, é claro, de uma proposta que será enviada ao “congresso venezuelano” para dar ao presidente o poder de legislar! A presidente do “congresso” já sinalizou positivamente sobre isso. Cheiro de enxofre no ar, caro amigo.

A Venezuela é uma destas republicas bananeiras que deu a sorte de encontrar petróleo em seu território. Tal como aquele moleque perna de pau que é o dono da bola. Ou seja, será aturado até que arrumem outra bola. E arrumarão.

Chávez é anacrônico. Uma mistura macabra de tudo que pode haver de ruim em um político sul-americano. Populesco de esquerda, grande inimigo dos Estados Unidos, coronelzinho de um exército de quinta, absolutista, demagogo e a lista não pára... Os ditadorécos centro-americanos que morram de inveja. Chávez não só envergonha, também incomoda.

De boca cheia ele grita aos quatro ventos a implantação do “socialismo de século XXI”, cujo significado ninguém, além dele, sabe ao certo, mas que já revelou algumas características, como: a reestatização, amordaçamento da imprensa, apenas seus partidários podem ingressar nas forças armadas, fim da independência do Banco Central... O que isto tem de século XXI? É andar para trás. Puro esquerdismo do século XIX com uma pitada de salsa e merengue.

Isto não me faz lembrar outra coisa a não ser o Dr. Frankenstein, e seu assistente, na infame tentativa de dar vida a algo morto. Assim é Chávez e seu lacaio Evo Morales (outra jocosa figura), embebecidos pela libertinagem socialista. Eles tentam ressuscitar o defunto em decomposição da esquerda festiva que a Guerra Fria tratou de liquidar. Eles tentam, mas quem passa a vergonha somos nós, que estamos na mesma canoa furada latino-americana.

A América Latina é uma piada. Só aqui, figuras como estas surgem como se dessem em árvores, caindo sobre nossas cabeças. Nossa inexpressividade só se compara à nossa capacidade de aturar seres dantescos como Chávez. Estamos a passos largos correndo atrás da África para, enfim, nos tornarmos o continente mais medíocre do globo. E pior, sem uma fauna exótica com elefantes, girafas e leões.

Trocando em miúdos, porque o tempo é curto. Chávez não passa de um ditadorzinho que vomita fantasias bolivarianas para se perpetuar no poder. E só isso. Quanto a nós, pelo visto Ted Roosevelt é que estava certo. Somos o quintal dos americanos. Um quintal que no momento está com um daqueles cachorros que ladram a noite inteira, sem deixar ninguém dormir. Vão acabar cortando a ração, mas isso é assunto para uma outra hora. Para Chávez, apenas isto: gargalho-te.

Wednesday, January 10, 2007

Suplentes

Juro por Deus que, essa semana, eu escreveria sobre algum assunto internacional. Pensei em vários ocorridos que realmente mereciam ser comentados, mas fui surpreendido pelo primeiro escândalo verde e amarelo do ano. Se continuarmos assim, não sei se terei tempo para comentar a crise no Oriente Médio ou a corrida pela candidatura democrata à Casa Branca.

A promiscuidade moral no Brasil não tira férias, e cada vez mais batemos recordes de velocidade com que as questões nacionais, que nos embrulham o estomago, chegam ao nosso conhecimento. Desta vez, como quase sempre, o parlamento nos brinda o Ano Novo com uma “champanhota” indigesta; como tantas, aliás, que vêm sendo empurradas goela abaixo de todos nós, desde a elevação do Brasil a Vice Reino em 1808. Mas, apesar deste histórico, não creio que houve um momento na história em que fosse tão evidente o mar de escândalos como estes que nos cercam atualmente.

Pois bem, sem mais delongas, semana passada tomaram posse na câmara, os suplentes de deputados que foram eleitos para outros cargos públicos ou tomaram posse em secretarias estaduais. Estes novos deputados terão o fantástico mandato de um mês. Um mês inteiro. Certamente muitas coisas podem ser feitas em um mês, mas talvez não em Brasília, já que a câmara está de férias (ou recesso parlamentar, se preferir). Ou seja, nossos novíssimos deputados terão um duplo prazer: serem deputados federais e passarem toda a legislatura sem fazer absolutamente nada

Para este período de trabalho hercúleo, os novos representantes do povo podem chegar a receber 85 mil reais. Trocando em miúdos, eles receberão em um mês o que a média da população brasileira levará 8 anos para ganhar. Isso mesmo, 8 anos!

Serão quase 13 mil reais de salário; aproximadamente 15 mil reais para despesas básicas como combustíveis, jantares e aluguéis; cerca de 50 mil reais para funcionários, 3 mil reais para moradia e cerca de 4 mil reais para telefones e correios. Morram de inveja socialites! Nem vocês conseguem tamanha profusão em tão pouco tempo.

85 mil reais! É um atentado à inteligência do eleitor consciente, já que a grande massa está hipnotizada pelas migalhas que caem das mesas governamentais. E a questão não é apenas numérica, afinal, economicismos jogados ao vento não valem de nada. Os números são o que menos importa. O que importa é a filosofia da coisa. Paga-se sem trabalhar. O inverso da escravidão. Talvez a lei deveria ser tão dura com quem recebe ordenado sem trabalhar, como é com quem obriga o outro a trabalhar sem ganhar.

Será que teremos esta cara para sempre? A cara de um país onde ganhar sem trabalhar é mérito; onde o esforço para se conseguir sustento é visto como uma atividade para as camadas “inferiores”; onde há uma nobreza que vive em um mundo lírico, se alimentando da fantasia de um país rico, construído como um castelo de cartas. Esse tipo de cultura, que herdamos de nossos colonizadores, precisa ser extirpada de uma vez por todas de nosso meio.

O que ocorreu no congresso não é ilegal. Até mesmo o chefe da casa buscou na lei uma boa desculpa para este acontecimento. A lei não permite que a câmara tenha um número inferior ao de deputados que foram eleitos. Está é uma boa lei, mas em contra partida, acaba permitindo aberrações como essa.

A lei deve ser cumprida, sempre. Mas pode ser modificada. Um upgrade cairia muito bem neste momento.

Assim, temos quatro anos pela frente para que esse tipo de aberração não se repita nunca mais. Afinal, os que entrarão em um mês são os mesmos que têm o poder de, no momento, fazer alguma coisa.

Wednesday, January 03, 2007

Feliz 2008!

Terminamos o ano de 2006 como começamos o ano de 2007: mal. É impossível não ser pessimista ante a desordem caótica em que nos encontramos.

Mas, antes de falarmos sobre isso, comecemos com uma notícia quente: Achamos o Osama! Avisem para o Bush que Bin Laden está escondido em algum morro carioca. Não é de se surpreender que o terrorista mais procurado do mundo tenha trocado um “zistão” qualquer pela maior republiqueta de bananas da história, o Brasil.

Haja vista o terror instaurado pelas células terroristas tupiniquins, que ateiam fogo em carne viva e promovem uma guerrilha urbana em pleno verão, esta conclusão é obvia. Tal movimento armado nesta época do ano só pode ser obra de experientes guerrilheiros que não se deixam levar pelos prazeres de Ipanema numa manhã de sol de dezembro.

Há alguns anos atrás os mesmos moleques covardes, que produziram tal espetáculo de horror, estariam nas praias da zona sul tomando banho de mar e olhando as silhuetas das filhas das patroas de suas mães.

Quem mais teria o poder persuasivo de tirar os olhares indiscretos da molecada suburbana para longe de tantas paisagens, e levá-los a pegar em armas e lutar contra coisa alguma, a não ser o mesmo homem que levou moleques semelhantes a se jogarem contra prédios dentro de aviões? (Se bem que não há nada de bom para se olhar nas burkas e véus da Arábia medieval em pleno século XXI.) Só pode ser o Bin Laden.

Ironias a parte, em luto encerramos o ano de 2006, na esperança de que 2007 fosse um ano melhor. Porém, mal os supersticiosos pulavam a sétima ondinha nos litorais da nação, nós empossávamos para mais quatro longos anos nosso presidente reeleito.

De fato estas questões cerimoniais em nada me interessam. Economizaríamos muito dinheiro, e nosso precioso tempo se, simplesmente, pulássemos cerimônias de posse de presidentes reeleitos. Mas, por um desses desencontros da vida, passei pela tv e estava passando o replay do discurso de “reposse” presidencial. No momento exato em que eu olhava para tela o presidente exaltava com todas as letras, escritas no discurso à mão, o programa assistencial do governo federal.

O já perdido no espaço Fome Zero e a sua locomotiva contra a infinda miséria nacional, o Bolsa Família, se apresentam como coluna de sustentação da população esfomeada e subnutrida que se encontra polvilhada por todo o território. Quem se lembra, na ocasião do lançamento do programa Fome Zero, o IBGE, apresentando uma pesquisa que dizia que o brasileiro, na média, encontrava-se acima do peso? Eu me lembro bem, mas isso não vem ao caso.

Na realidade, uma parte considerável do povo se encontra em estado de mais absoluta miséria e, de fato, se não for assistido morre à mingua. A grande questão não é o programa em si, e talvez nem a miséria seja o maior problema, mas sim a filosofia de um governo que se esforça em não ser taxado de populista. Ressuscitaram o getulismo, que parece ter acordado com voracidade. Em pleno novo milênio o governo se vangloria de políticas que eram moda em meados do século passado e que a história já tratou de enterrar em qualquer país sério.

Em um país de assistencialismos baratos, restaurantes de um real, esmolas governamentais, o verdadeiro modo de governo é meio romano, meio tupiniqim: “Pão e Carnaval”.

O discurso que abriu 2007 não tratou apenas de assistencialismos, falou-se também em assuntos de verdadeiro interesse nacional, como o crescimento econômico. Mas, mais uma vez o tom quixotesco prevaleceu. Enquanto países em desenvolvimento crescem a taxas de 7, 8, 9%, o Brasil terá que fazer tudo certinho para crescer míseros 3%. Fala-se em Plano de Aceleração do Crescimento, mas não há qualquer menção de Reforma da Previdência. Yes, nós temos um plano! Mas como colocá-lo em prática? Até eu reconheço que isso é pedir demais.

A sensação é que estamos de fato lutando contra moinhos de vento. Só que desta vez os moinhos estão nos devorando, como vimos no Rio de Janeiro, semana passada.

Acabem com a bandidagem acabando com o assistencialismo barato e propiciando ao povo uma dignidade que está muito além de refeições. Contra a o bandido profissional, a polícia e contra o caos, a seriedade governamental tratando destes assuntos como um dos sintomas da mesma doença social que causa a fome e a miséria.

O assunto é tão ultrapassado, que me dá vergonha de estar escrevendo sobre ele. Nos anos 80 os meninos do rock nacional já esbravejavam: “a gente não quer só comida”. Depois de tantos anos de políticas públicas compromissadas em fazer do povo um dependente de políticas públicas, basta-nos aguardar, ou então, desde já lhe desejo um feliz 2008, porque este 2007, já pode estar perdido.

Tuesday, January 02, 2007

No princípio...

Antes de mais nada, bem-vindos.
Fiquem tranqüilos, este espaço não será um emaranhado de informações sobre minha vida, que bem sei, não importa a ninguém, a não ser uma meia dúzia de pessoas.
Este blog é uma coluna semanal sobre o que ocorre no mundo em que vivemos. Espero que minhas impressões acerca da aldeia em que vivemos seja, no mínimo, uma oportunidade de boa leitura.

Todas as quartas-feiras ele será atualizado.
Sem mais delongas...
Muito prazer.